(ANSA) - “Lavrov faz a sua parte. Serve a um tirano e procura defender o indefensável. A Itália, sob esse ponto de vista, é muito firme: nós somos pelo respeito ao direito internacional que a Rússia de Putin pisoteou”.
Assim o vice-ministro das Relações Exteriores da Itália, Edmondo Cirielli, no Rio de Janeiro para participar da reunião dos chefes das diplomacias do G20, comentou as últimas declarações do russo Sergei Lavrov, que voltou a acusar o Ocidente de “encher a Ucrânia de armas”.
“Não somos inimigos do povo russo, que é um povo amigo centenário da Itália. Mas queremos fazer com que se respeite o princípio de que nenhum Estado pode imaginar resolver as próprias controvérsias com a guerra, como está fazendo a Rússia neste momento contra a Ucrânia”, detalhou.
Cirielli ainda disse que a linha da Itália na reunião de chanceleres do G20 “será a da moderação e do equilíbrio da firmeza da nossa posição atlântica”.
“A Itália está firmemente aliada ao Ocidente: somos fundadores da União Europeia, somos um país quase desde a primeira hora da Otan, é claro que caminhamos nesta direção. Porém, a Itália tem uma sua linha diplomática extremamente pacífica e de diálogo entre os blocos, e portanto buscamos colocar em campo a nossa capacidade para tentar tranquilizar o clima e para evitar que haja uma polarização entre todo o resto do mundo e o Ocidente. E também tentar combater a versão da Rússia, e em parte também chinesa, de que o Ocidente age com dois pesos e duas medidas”, destaca Cirielli.
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