(ANSA) - Um juiz de audiências preliminares (GIP) de Palermo condenou nesta quarta-feira (13) o motorista do antigo líder mafioso Matteo Messina Denaro, falecido em 2023 e que permaneceu quase 30 anos foragido, a nove anos de prisão por cumplicidade agravada.
Giovanni Luppino, o empresário de Campobello di Mazara que atuou como motorista do criminoso nos últimos dias de sua vida, foi detido no mesmo dia que Messina Denaro, em 16 de janeiro de 2023, pois era ele quem o levava ao hospital La Maddalena no momento em que a operação foi deflagrada.
Segundo o Ministério Público, representado em juízo pelos promotores Piero Padova e Gianluca De Leo, Luppino também pediu dinheiro em nome do chefe da máfia e, junto com seus filhos, presos em fevereiro passado, cuidou das movimentações, remoções e vários aspectos organizacionais da vida fugitiva de Messina Denaro.
O líder mafioso foi preso ao sair de uma clínica onde estava sendo tratado de câncer em Palermo em janeiro do ano passado, mas faleceu em um hospital em L'Aquila em 25 de setembro, aos 62 anos.
Messina Denaro foi condenado por seu envolvimento em dezenas de assassinatos, incluindo os atentados da Cosa Nostra em 1992, que mataram os juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino.
Além dos assassinatos, ele foi condenado pela morte de Giuseppe Di Matteo, filho de 12 anos de um mafioso testemunha do Estado que foi estrangulado e dissolvido em ácido em 1996, e pelos atentados a bomba em instalações de arte e locais religiosos em Milão, Florença e Roma que mataram 10 pessoas e feriram outras 40 em 1993.
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