(ANSA) - O Parlamento de Israel aprovou nesta segunda-feira (1º) um projeto de lei que permitirá o fechamento de emissoras estrangeiras no país acusadas de prejudicar a segurança do Estado.
A informação foi noticiada pelos meios de comunicação locais, que explicam que a rede de TV do Catar Al Jazeera em Israel é o principal alvo do governo liderado pelo premiê Benjamin Netanyahu.
Agora, a decisão de fechar a emissora terá de ser assinada pelo ministro das Comunicações de Israel, Shlomo Karai.
De acordo com Karai, "não haverá liberdade de expressão para o porta-voz do Hamas em Israel" e, portanto, "a Al Jazeera fechará nos próximos dias".
Conforme a imprensa local, a lei autoriza o ministro das Comunicações a ordenar aos "provedores de conteúdo" que cessem a transmissão do canal em questão, fechem seus escritórios israelenses, confisquem o equipamento do canal e coloquem o site offline, se o servidor estiver fisicamente localizado em Israel, e bloqueiem o acesso ao site.
Os pedidos de fechamento serão válidos por 45 dias, mas podem ser renovados por períodos adicionais de 45 dias.
A legislação foi aprovada em primeira leitura pelo plenário do Knesset em fevereiro e recebeu luz verde em segunda e terceira leituras após um debate no Comitê de Segurança Nacional do Parlamento.
Um porta-voz do partido de Netanyahu já havia dito que o premiê "tomará medidas imediatas para fechar a Al Jazeera, de acordo com o procedimento estabelecido na lei". Israel acusa a emissora de provocar agitação contra o país entre os telespectadores árabes.
O governo norte-americano expressou preocupação após a notícia ser divulgada. Se os relatos forem verdadeiros, é “profundamente preocupante” que Israel pretenda fechar a Al Jazeera, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.
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