O governo argentino anunciou a suspensão do programa de indenização às vítimas da ditadura para uma revisão aprofundada do projeto em razão da suspeita da existência de muitos "casos irregulares".
A medida foi anunciada pelo ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona, que chegou a definir as indenizações como uma "festa de pagamentos" que "não poderia ocorrer sem cumplicidade política".
O chefe da pasta revelou que a verificação abrangerá quase oito mil indenizações aos familiares de desaparecidos e de 14,4 mil de exilados. Ele acrescentou que há "numerosos casos suspeitos".
"Vamos apresentar as reclamações pertinentes para obter o bloqueio e apreensão das verbas recebidas injustamente que deverão regressar aos cofres do Estado", informou o Ministério.
As indenizações, previstas em seis leis nacionais editadas entre 1991 e 2013, são compensações financeiras e pensões que o Estado concedem às vítimas da ditadura militar.
Os elegíveis para embolsar a quantia são pessoas que foram forçadas ao exílio por razões políticas, permaneceram desaparecidas e familiares de vítimas de ações de "terrorismo de Estado".
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