Ao menos cinco operários morreram nesta segunda-feira (6) em um acidente de trabalho em Casteldaccia, na região de Palermo, no sul da Itália, enquanto um sexto foi transportado para um hospital local em estado grave.
De acordo com uma reconstrução inicial, sete trabalhadores de uma empresa privada realizavam algumas obras em um esgoto a pedido da Amap, empresa que administra as tubulações de água e esgoto em Palermo, quando seis deles desmaiaram devido à uma fumaça.
Um dos operários conseguiu sair e alertar sobre o acidente, enquanto o restante ficou preso dentro dos tanques elevatórios de esgoto. Três das vítimas foram recuperadas por mergulhadores do Corpo de Bombeiros.
As autoridades italianas suspeitam de duas hipóteses: inalação de gás ou falha estrutural, informou o secretário da Confederação-Geral Italiana do Trabalho (Cgil) da Sicília, Alfio Mannino.
Em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, classificou como “chocante” a notícia dos trabalhadores mortos e pediu esclarecimentos.
“Minhas profundas condolências aos familiares das vítimas, juntamente com o sentimento de proximidade para com o trabalhador que atualmente se encontra na reanimação do hospital Policlínico de Palermo. Que esta tragédia seja esclarecida”, escreveu ela.
Nos últimos meses, a Itália tem enfrentado uma série de acidentes fatais no local de trabalho. Segundo a Agência de Seguros de Acidentes de Trabalho (INAIL), quase 200 trabalhadores perderam a vida em acidentes este ano, uma queda de 2,6% em relação ao ano anterior.
Em discurso na comemoração do "Dia do Trabalho", em 1º de maio, o presidente italiano, Sergio Mattarella, disse que cada morte deste tipo era inaceitável, enquanto os sindicatos apelavam a uma ação urgente para conter a "maré fatal".
A onda de acidentes incluiu a morte de sete trabalhadores na explosão de uma usina hidrelétrica perto de Bolonha, no mês passado.
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