A capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, começa a registrar um êxodo de moradores para escapar da inundação provocada pela cheia recorde do lago Guaíba e da falta de água e luz que afeta boa parte de sua população de mais de 1,3 milhão de habitantes.
Com as principais rodovias bloqueadas e o aeroporto fechado, a saída encontrada pelos porto-alegrenses é o litoral gaúcho, que foi menos atingido pelo mau tempo da última semana.
"Nós estamos pensando em ir para a praia pois estamos com a última reserva na caixa d'água, e não tem previsão de retorno da água corrente", disse à ANSA o italiano Antonio de Ruggiero, professor de história contemporânea na Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
"A situação está muito caótica. No meu condomínio, três ou quatro famílias já foram para a praia", acrescentou.
Testemunhas locais contaram à ANSA que estradas secundárias para o litoral estão congestionadas e que o clima é de muita confusão para sair da capital.
O próprio prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, sugeriu que as pessoas viajem para a praia devido à falta de água e energia elétrica na cidade, onde o Guaíba atingiu a cheia recorde de 5,5 metros.
Boa parte da capital continua debaixo d'água, incluindo o Consulado-Geral da Itália, que teve de suspender suas atividades. (ANSA)
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