Enrico "Chico" Forti, ex-surfista e produtor de filme que ficou preso nos Estados Unidos por 24 anos e agora cumpre pena na Itália, se encontrou com sua mãe pela primeira vez em 16 anos em Trento, sua cidade natal, nesta quarta-feira (22).
O tio de Forti, Gianni, detalhou à imprensa o que aconteceu quando ele viu sua mãe pela primeira vez desde 2008. "A primeira coisa que ele disse à mãe foi 'Mamãe, eu te amo. Estou aqui para te ajudar'", contou.
Segundo o italiano, a idosa "ficou muito emocionada". "Entre beijos e abraços, ela quis fazer imediatamente um canederli (iguaria local) para ele, mas ele disse que não estava com fome, que já tinha comido".
Forti foi condenado à prisão perpétua por assassinato na Flórida em 2000, mas os defensores alegam que houve claras violações no processo, como ele ser ouvido sem a presença de um advogado e sem a notificação da Embaixada da Itália.
Ele se mudou para Miami na década de 90, constituiu família e começou a investir em imóveis e outros negócios. Na noite de 15 de fevereiro de 1998, porém, ele foi acusado do assassinato de Dale Pike, filho do dono de uma boate que ele estava comprando.
As investigações e a própria decisão de condenar à prisão perpétua apresentam muitas dúvidas e o italiano sempre alegou ter sido vítima de um complô.
No último sábado (18), Forti chegou à Itália e foi recebido pela primeira-ministra Giorgia Meloni, que está entre os que acreditam na inocência do ex-surfista e disse que ele deverá cumprir mais dois anos de prisão antes de se tornar elegível para o regime semiaberto.
A decisão de cumprimentá-lo pessoalmente depois que ele retornou em um voo militar especial no aeroporto Ciampino, em Roma, gerou diversas críticas da oposição.
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