O comunicado final da cúpula de líderes do G7 em Borgo Egnazia, na Itália, não teria referências à proteção da identidade de gênero e da orientação sexual, ao contrário do que ocorreu na reunião do grupo em Hiroshima, em 2023.
A informação é da agência Bloomberg, que visualizou o esboço da declaração e diz que a decisão de ignorar a comunidade LGBTQIA+ estaria ligada à inédita presença do papa Francisco no G7 nesta sexta-feira (14).
Na reunião do ano passado, o grupo se comprometeu a trabalhar para "assegurar participação plena, igualitária e significativa de pessoas LGBTQIA+ na política, economia, educação e em outras esferas da sociedade".
Além disso, o comunicado final do G7 de Hiroshima falava em combater a violência e a discriminação em função da "identidade de gênero ou da orientação e expressão sexual".
Na última quinta (13), os negociadores em Borgo Egnazia já haviam retirado qualquer menção explícita à palavra "aborto", decisão criticada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.
"Vocês conhecem a posição da França, que inseriu o direito ao aborto na Constituição. A mesma sensibilidade não existe no seu país [a Itália]. Lamento, mas respeito porque foi a escolha soberana do seu povo", disse Macron ao ser questionado pela ANSA no primeiro dia do G7.
Sem citar o presidente francês, a premiê italiana, Giorgia Meloni, criticou quem "faz campanha eleitoral em um fórum precioso como o G7". (ANSA)
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