Mais de um terço da população italiana terá mais de 65 anos até meados deste século, alertou o presidente do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), Gabriele Fava, nesta quinta-feira (20).
Na apresentação dos dados da agência sobre os trabalhadores domésticos, o executivo italiano afirmou que "os cidadãos com mais de 65 anos representarão até 35% da população nacional em 2050, o que determina a necessidade de repensar o sistema de segurança social".
"A economia prateada será cada vez mais vista como uma grande oportunidade de emprego para o país", acrescentou.
Para Fava, "os avós são hoje uma forma de bem-estar [através da ajuda que dão às suas famílias], mas, ao mesmo tempo, são também um indicador do que será necessário no futuro".
Além disso, o presidente do INPS destacou que, "em 2023, 50% dos trabalhadores domésticos que pagaram contribuições para os cofres do INPS são cuidadores".
Segundo ele, "esta procura, a de cuidadores, cresce com o aumento do índice de envelhecimento populacional, que totaliza +5,5 pontos em relação a 2022".
"A presença da mão-de-obra italiana no trabalho doméstico continua a crescer, passando de 23% para 31% do total em 10 anos", concluiu Fava.
O envelhecimento da população e as baixas taxas de natalidade, principalmente por causa da queda da produtividade, estão entre as principais preocupações do governo da premiê Giorgia Meloni.
Uma projeção recente do Instituto Nacional de Estatística (Istat) apontou que a Itália pode perder 11,5 milhões de habitantes até 2070, o que significaria uma redução populacional de cerca de 20% em meio século.
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