O ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, assinou uma carta de intenções com seus homólogos da França, Alemanha e Polônia em Washington, nos Estados Unidos, sobre o chamado plano Elsa (Abordagem Europeia de Ataque de Longo Alcance).
O pacto fala sobre a produção de mísseis de cruzeiro que possuem alcance superior a 500 quilômetros para melhorar os arsenais europeus e reforçar a capacidade de dissuasão.
Este tipo de armamento ficou proibido entre 1987 e 2019, quando os EUA abandonaram o tratado assinado com a extinta União Soviética, acusando a Rússia de violações.
De acordo com o conselheiro de segurança nacional francês Emmanuel Bonne, o Elsa prevê o "desenvolvimento, produção e fornecimento de mísseis de longo alcance", ferramentas indispensáveis para a defesa. A iniciativa tem uma "abordagem inclusiva, no sentido de que outros parceiros serão convidados a participar".
Diversas fontes ouvidas pela ANSA afirmam que o Reino Unido, com o novo governo trabalhista, poderá aderir ao projeto, pois a ideia é "ampliá-lo ao máximo".
Crosetto, o alemão Boris Pistorius, o francês Sebastian Lecornu e o polonês Mariusz Blaszczak sublinharam após a assinatura que as capacidades de longo alcance no continente é um segmento que ainda está em falta.
"A iniciativa lança as bases para uma cooperação integrada e de longo prazo entre as nossas nações para fortalecer as capacidades europeias de defesa, dissuasão e desenvolver a base industrial do setor", disse o ministro italiano.
Na opinião de Lecornu, a função das novas armas que serão produzidas é a "dissuasão" e um primeiro rascunho dos modelos deverá estar pronto até ao final do ano, enquanto a definição da gama levará mais tempo.
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