As bolsas europeias operam em forte queda nesta segunda-feira (5), enquanto a de Tóquio registrou a maior contração em mais de três décadas, em meio aos temores sobre uma possível recessão nos Estados Unidos.
A semana começou com o mesmo clima da sexta-feira passada (2), quando mercados no mundo todo demonstraram apreensão com os dados abaixo do esperado sobre a criação de empregos nos EUA em julho e previsões frustrantes de empresas de tecnologia, como Amazon e Intel.
O índice Nikkei, o principal da Bolsa de Valores de Tóquio, no Japão, fechou o pregão desta segunda-feira com queda de 12,40%, em 31.458,42 pontos, a maior desde outubro de 1987, após o "crash" em Wall Street.
Em Milão, o índice FTSE MIB operava em queda de 3,87%, para 30.780,73 pontos, por volta das 14h (horário local), fenômeno que se repete em outras bolsas europeias, como Amsterdã e Frankfurt, que registram desvalorizações de mais de 2%.
O mau humor do mercado também se refletiu no bitcoin, a principal criptomoeda em circulação e que caiu para abaixo de US$ 52 mil, menor patamar desde fevereiro.
"Diversos dados macroeconômicos sugerem que a economia americana está desacelerando. Os analistas esperavam isso, mas a preocupação é de que a desaceleração seja excessiva", disse Richard Flax, chief investment officer da Moneyfarm.
Também contribui para o cenário negativo o risco de uma disseminação do conflito no Oriente Médio, com a iminência de um ataque coordenado de Irã e Hezbollah contra Israel. (ANSA)
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