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Premiê de Bangladesh renuncia após massacre contra manifestantes

Premiê de Bangladesh renuncia após massacre contra manifestantes

Sheikh Hasina fugiu do país de helicóptero

DACA, 05 de agosto de 2024, 13:44

Redação ANSA

ANSACheck
Sheikh Hasani governou Bangladesh por 15 anos © ANSA/AFP

Sheikh Hasani governou Bangladesh por 15 anos © ANSA/AFP

A primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, renunciou ao cargo e fugiu do país de helicóptero nesta segunda-feira (5), na esteira do massacre contra manifestantes que se mobilizavam contra seu governo desde julho.
    Em discurso à nação, o chefe do Exército, general Waker uz Zaman, anunciou a formação de um governo interino, enquanto a residência oficial da primeira-ministra foi invadida por uma multidão.
    "O país sofreu muito, a economia foi muito atingida, muitas pessoas foram mortas. É hora de acabar com a violência", disse o general, acrescentando que já está em contato com os principais partidos de oposição, mas não com a Liga Awami, legenda da agora ex-premiê.
    "Se a situação melhorar, não haverá necessidade de recorrer ao estado de emergência. Agora a tarefa dos estudantes é permanecer calmos e nos ajudar", afirmou. Segundo a imprensa local, Hasina fugiu de helicóptero com a irmã para a cidade de Agartala, no nordeste da Índia.
    As forças de segurança de Bangladesh dizem que pelo menos 56 pessoas morreram nos protestos nesta segunda-feira, a maioria delas na capital Daca. No domingo (4), o país já havia contabilizado quase 100 óbitos em manifestações, totalizando mais de 300 mortes desde o início da revolta.
    A onda de protestos contra Hasina começou em julho e cobrava a abolição de cotas no serviço público para descendentes de veteranos da guerra de libertação de 1971, mas logo englobou a insatisfação generalizada contra uma premiê que estava no poder desde 2009 e era acusada de corrupção e de reprimir dissidentes.
    Essas cotas beneficiariam sobretudo membros do partido de Hasina, que é filha de Sheikh Mujibur Rahman, líder da luta de Bangladesh por independência. (ANSA) 

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