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Justiça britânica condena 3 por desordens em atos extremistas

Justiça britânica condena 3 por desordens em atos extremistas

Notícia falsa desencadeou onda de protestos de ultradireita

LONDRES, 07 de agosto de 2024, 14:45

Redação ANSA

ANSACheck
Extrema direita culpa imigração por triplo homicídio cometido por britânico © ANSA/EPA

Extrema direita culpa imigração por triplo homicídio cometido por britânico © ANSA/EPA

A Justiça do Reino Unido emitiu nesta quarta-feira (7) as primeiras condenações por desordens promovidas por grupos de ultradireita nos últimos dias, na esteira de um ataque a faca que matou três meninas de seis a nove anos em Southport, na Inglaterra.
    Militantes de extrema direita disseminaram a informação falsa de que o autor do esfaqueamento, um jovem de 17 anos chamado Axel Rudakubana, era um imigrante muçulmano, desencadeando protestos violentos contra estrangeiros - Rudakubana nasceu em solo britânico, filho de ruandeses, e foi diagnosticado com transtorno do espectro autista.
    O Tribunal de Liverpool condenou Derek Drummond, 58, a três anos de prisão por ter agredido um agente durante uma manifestação em Southport; Declan Geiran, 29, a dois anos e meio por ter queimado uma viatura policial; e Liam Riley, 41, a 20 meses de reclusão por violação da ordem pública agravada por ódio racial. Os dois últimos participaram de protestos de extrema direita em Liverpool.
    Novas manifestações anti-imigrantes estão previstas para esta quarta-feira em todo o país, e mais de 400 militantes já foram presos desde o fim de julho.
    Milhares de policiais estão mobilizados para enfrentar aquela que é a primeira crise sob a gestão do premiê trabalhista Keir Starmer, no poder desde 5 de julho, após 14 anos de governo conservador. Quem praticar atos de violência "sentirá o peso da lei", prometeu o primeiro-ministro.
    Uma pesquisa realizada pelo instituto YouGov mostrou que 47% dos britânicos acreditam que os extremistas de direita se tornaram uma "grave ameaça" para o país, aumento de 15 pontos em relação a um levantamento feito em fevereiro. O índice já é semelhante à preocupação da população com radicais islâmicos, tidos como uma ameaça por 52% dos entrevistados. (ANSA)

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