A Alemanha, França e o Reino Unido emitiram nesta segunda-feira (12) uma declaração conjunta alertando o Irã para não atacar Israel e agravar o conflito no Oriente Médio, após o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh.
O documento, que surge na sequência de dias de tensões crescentes entre Israel, o Irã e o Hezbollah, apoiado pelos iranianos, no Líbano, pede para Teerã evitar mergulhar a região em uma guerra total e pôr em risco a oportunidade de um cessar-fogo e a libertação dos reféns.
Além disso, reforça que o Irã e os seus representantes "terão de assumir a responsabilidade por ações que coloquem em risco esta oportunidade de paz e estabilidade", informou a imprensa israelense.
"Estamos profundamente preocupados com a escalada das tensões na região e unidos no nosso compromisso de desescalada", acrescenta a declaração.
Os três países parabenizaram também o "trabalho incansável dos parceiros do Catar, do Egito e dos Estados Unidos para chegar a um acordo" para uma trégua e a soltura dos reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza.
As tensões no Oriente Médio aumentaram depois de Haniyeh, principal líder político do Hamas, ter sido morto no Irã e de um dos principais comandantes do Hezbollah ter falecido em um ataque israelense em Beirute.
O Irã, o Hamas e o Hezbollah culparam o Exército do premiê Benjamin Netanyahu pelas mortes e prometeram retaliar.
O apelo de Alemanha, França e Reino Unido é feito no momento em que uma avaliação dos serviços secretos israelenses afirma que o país pode ser alvo de um ataque nos próximos dias.
Segundo as fontes, os eventuais ataques poderão incluir o lançamento de mísseis e drones contra alvos militares, bem como nas proximidades de centros populacionais civis.
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