As crescentes tensões no Oriente Médio e as ameaças de um ataque do Irã, que poderiam agravar o conflito na região, forçaram Israel a colocar os seus militares em alerta máximo.
De acordo com o "Wall Street Journal", citando uma fonte familiarizada com o tema, Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior do Exército, já iniciou os preparativos ofensivos e defensivos para um possível ataque iraniano ou do Hezbollah.
Já Daniel Hagari, porta-voz militar de Israel, garantiu que a nação está em alerta máximo e que as ameaças são levadas a sério.
As Forças de Defesa Israelenses (IDF), contudo, ainda não sabem se as prováveis ofensivas serão iminentes ou estão sendo colocadas em prática com cautela.
O presidente do Irã, Massoud Pezeshkian, disse que o seu país tem o "direito de responder" a qualquer agressão em uma breve conversa telefônica com Olaf Scholz, chanceler da Alemanha.
"Embora enfatize soluções diplomáticas para os problemas, o Irã nunca cederá a pressões, sanções e intimidações e acredita que tem o direito de responder aos agressores de acordo com as normas internacionais", declarou o mandatário, segundo a agência Irna.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também contatou Pezeshkian e revelou estar "profundamente preocupado com a situação". O político ainda apelou para que as partes "desacelerem" e "evitem mais confrontos regionais".
Quem também manifestou preocupação com as tensões foi o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, que não descartou a possibilidade de que o Irã "possa atacar nos próximos dias".
Em um telefonema entre seus líderes organizado nesta segunda-feira (12), Estados Unidos, França, Alemanha, Itália e Grã-Bretanha "pediram ao Irã que dê um passo para trás" em não promover uma escalada.
O presidente dos EUA, Joe Biden, e os líderes das nações aliadas pediram para Teerã que "pare de ameaçar um ataque militar contra Israel", pois iria acarretar em "sérias consequências para a segurança regional".
As tensões no Oriente Médio aumentaram depois de Ismail Haniyeh, principal líder político do Hamas, ter sido morto no Irã e de um dos principais comandantes do Hezbollah ter falecido em um ataque israelense em Beirute.
O Irã, o Hamas e o Hezbollah culparam o Exército do premiê Benjamin Netanyahu pelas mortes e prometeram retaliar.
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