O governo da Ucrânia instituiu um escritório administrativo chefiado por um comandante militar nas áreas da província russa de Kursk, na fronteira entre os dois países, sob seu controle.
A incursão na região teve início na semana passada e marca um desdobramento inédito na guerra deflagrada por Moscou em fevereiro de 2022. "No total, desde o início das operações na região de Kursk, nossas tropas avançaram até 35 quilômetros de profundidade", afirmou nesta quinta-feira (15) o chefe do Estado-Maior ucraniano, Oleksandr Syrsky, em uma reunião na presença do presidente Volodymyr Zelensky.
"Tomamos o controle de 1,15 mil quilômetros quadrados de território e de 82 localidades", acrescentou. Segundo Kiev, o objetivo é criar em Kursk uma "zona de amortecimento" na fronteira entre Rússia e Ucrânia.
A incursão tem sido vista por analistas como uma humilhação para o presidente Vladimir Putin, que já foi forçado a deslocar tropas das regiões ucranianas ocupadas para evitar mais perdas de território.
Nesta quinta, o Exército russo reivindicou a retomada do vilarejo de Kroupets, que havia sido invadido por Kiev, na primeira reconquista por parte de Moscou desde o início dos combates na região.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA