O comandante do veleiro de luxo Bayesian, cujo naufrágio no sul da Itália deixou um morto e seis desaparecidos, foi interrogado durante mais de duas horas pelo Ministério Público da Sicília na noite de terça-feira (20).
O neozelandês James Catfield, de 51 anos, é um dos 15 sobreviventes da tragédia ocorrida na última segunda (19), quando um tornado repentino se abateu sobre o iate em meio a uma onda de mau tempo na região.
O objetivo dos investigadores é reconstituir os eventos que levaram ao naufrágio do Bayesian, que estava estacionado no Porto de Porticello, na província de Palermo. O MP deve ouvir outros sobreviventes do desastre nesta quarta (21).
Enquanto isso, as buscas pelos desaparecidos continuam, agora com um robô submarino para auxiliar os mergulhadores, que contam com uma janela de tempo muito curta para investigar os destroços do veleiro, situados a 50 metros de profundidade.
Socorristas já conseguiram acessar o iate, mas não as cabines onde os passageiros se alojavam. Para as famílias dos desaparecidos, a esperança é de que eles estejam protegidos por uma bolha de ar no interior dos quartos, hipótese improvável a essa altura.
"As operações de resgate prosseguem, mas se mover dentro do barco não é simples", declarou Salvatore Cocina, chefe da Defesa Civil na Sicília.
O único corpo recuperado até o momento é o de Ricardo Thomas, cozinheiro do veleiro. Já a lista de desaparecidos inclui o magnata britânico do setor de tecnologia Mike Lynch, proprietário do Bayesian, e sua filha, Hannah; o presidente do banco Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, e sua esposa, Anne Elizabeth Judith Bloomer; e o advogado de Lynch, Chris Morvillo, e sua mulher, Neda.
Já os sobreviventes foram hospedados em um resort em Santa Flavia, na costa siciliana. O veleiro de bandeira britânica tem 56 metros, pesa 473 toneladas e foi construído pelo estaleiro Perini Navi em Viareggio, na Itália, para realizar viagens de luxo. Ao todo, 12 passageiros e 10 tripulantes estavam a bordo.
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