Em comunicado no Telegram, a agência de notícias jihadista Amaq afirma que a ofensiva é uma "vingança pelos muçulmanos na Palestina e em outros lugares".
"O autor do ataque a uma reunião de cristãos na cidade de Solingen, na Alemanha, era um soldado do grupo Estado Islâmico", destaca.
O anúncio é feito poucas horas depois de a polícia alemã prender um adolescente de 15 anos suspeito de ligação com o ataque.
Durante coletiva de imprensa, as autoridades de Wuppertal informaram que o indivíduo, cuja identidade não foi revelada, será investigado sobre seu papel no ataque.
"A investigação e busca por possíveis outros responsáveis e a motivação do crime estão a todo vapor", afirmou a polícia, que deixou claro que o responsável pelos crimes ainda está em fuga.
Segundo Thorsten Fleiss, um porta-voz da polícia, o criminoso mirou a garganta das vítimas.
Na noite da última sexta, o agressor teria começado a esfaquear aleatoriamente as pessoas presentes em um festival. Na sequência, ele deixou a área do festival, que celebrava o aniversário de fundação da cidade, e fugiu.
"As pessoas estão chocadas, mas em paz", disse Philipp Muller, um dos organizadores do evento, em entrevista à imprensa local.
Uma das testemunhas do atentado relatou à polícia que o criminoso gritou "Allah Akbar" ("Alá é grande", em português) ao atingir as pessoas. Além disso, contou que "conheceu o agressor de Solingen por tê-lo visto numa mesquita que ele também frequenta".
Todas as atrações do festival em Solingen previstas para o fim de semana foram canceladas. Em resposta ao ataque, o chanceler alemão, Olaf Scholz, declarou que "o responsável precisa ser capturado rapidamente e punido com o máximo rigor da lei".
Já a ministra do Interior, Nancy Faeser, disse que "o ataque brutal" em Solingen "choca-nos profundamente". "Estamos de luto pelas pessoas que foram tiradas das suas vidas de uma forma assustadora. Os meus pensamentos nestas horas vão para as famílias das vítimas e para aqueles que ficaram gravemente feridos", comentou.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, por sua vez, também se disse "profundamente chocada com o ataque brutal e insidioso em Solingen" e prestou solidariedade "às famílias dos mortos e feridos, a quem deseja uma rápida recuperação".
"Agradeço aos serviços de emergência e à polícia. Devemos esclarecer este crime o mais rápido possível", concluiu ela em uma publicação no X.
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