Colocado oficialmente sob investigação pelo naufrágio de um veleiro de luxo no sul da Itália, que deixou sete mortos, incluindo o bilionário britânico Mike Lynch, o comandante da embarcação James Cutfield tem 51 anos e é considerado um profissional do ramo experiente.
Originário da Nova Zelândia, terra de grandes velejadores, o capitão do Bayesian é um dos 15 sobreviventes da tragédia ocorrida na segunda-feira (19) passada, quando o iate de 56 metros, um dos maiores do mundo, afundou em meio a uma onda de mau tempo no Porto de Porticello, na província de Palermo.
Para Cutfield, o mar nunca foi apenas uma grande paixão, mas a sua razão de viver. Ele trabalhou durante anos a bordo de grandes barcos e conhece muito bem o Mar Mediterrâneo.
O neozelandês é um skipper muito conhecido e respeitado, tanto que trabalha para grandes corretores náuticos internacionais que gerem cruzeiros de luxo no Mediterrâneo. Antes de ser contratado pelo magnata da tecnologia como comandante, ele havia trabalhado para um bilionário turco.
Em entrevista à imprensa da Nova Zelândia, o irmão de Cutfield, Mark, confirmou que o capitão já comanda barcos de luxo há cerca de oito anos.
No último domingo (25), o comandante foi interrogado pela segunda vez em uma semana e foi informado de que está sob investigação. Além disso, foi convidado a escolher um endereço na Itália e a nomear um advogado de defesa.
Segundo o Ministério Público de Termini Imerese, Cutfield é investigado por naufrágio e múltiplas acusações de homicídio culposo em decorrência das mortes das sete vítimas. Além de Lynch e sua filha, Hannah, de 18 anos, a tragédia matou Ricardo Thomas, cozinheiro da embarcação; Jonathan Bloomer, presidente do banco Morgan Stanley International, e sua esposa, Judy Bloomer; o advogado de Lynch, Chris Morvillo, e sua mulher, a designer de joias Neda Morvillo.
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