Segundo o Ministério Público de Busto Arsizio, a mulher teria ido ao cartório e registrado os gêmeos com o sobrenome do parceiro italiano apenas um dia antes do crime, em 8 de agosto.
Os investigadores apontam que o objetivo da brasileira era fazer com que seus filhos se tornassem únicos herdeiros Carneiro é suspeita de ter organizado com cinco cúmplices o assassinato de Ravasio, 52 anos, que faleceu após ser atropelado enquanto andava de bicicleta em Milão, para ficar com o patrimônio do italiano, avaliado em cerca de 3 milhões de euros entre propriedades e um negócio comercial em Magenta.
De acordo com o inquérito, porém, faltou um ato formal de reconhecimento do próprio Ravasio para com as crianças. Além disso, há fortes dúvidas sobre a veracidade do registro, tendo em vista que foi feito às vésperas do assassinato e pelo fato de que os meninos de 8 anos nasceram durante o casamento de Carneiro com Marcello Trifone, um dos sete envolvidos.
A mulher e seus cúmplices, incluindo um de seus sete filhos, Igor Benedito, foram detidos sob a acusação de planejar e executar o crime.
O promotor Ciro Caramore, que coordena as investigações, revelou que Trifone viajava no banco do passageiro do veículo registrado em nome de Carneiro e conduzido por seu filho mais velho, Igor, que atropelou e matou Ravasio.
Conforme o inquérito, existe ainda a suspeita de que os gêmeos não são filhos de Trifone, com que casou em 2015 e de quem nunca se divorciou, já que em 2016 o homem foi submetido a inseminação artificial.
A clínica onde foi feito o procedimento foi identificada pelos investigadores, que apuram quem é o pai biológico dos gêmeos, atualmente hospedados na casa de uma das duas filhas mais velhas que Carneiro teve de um anterior companheiro no Brasil.
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