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Ex-ministro da Cultura da Itália é investigado por peculato

Ex-ministro da Cultura da Itália é investigado por peculato

Gennaro Sangiuliano caiu após escândalo de infidelidade

ROMA, 10 de setembro de 2024, 14:14

Redação ANSA

ANSACheck
Gennaro Sangiuliano renunciou a cargo de ministro da Cultura em 6 de setembro - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Gennaro Sangiuliano renunciou a cargo de ministro da Cultura em 6 de setembro - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O ex-ministro da Cultura da Itália Gennaro Sangiuliano, que renunciou ao cargo na semana passada em meio a um escândalo de infidelidade, se tornou alvo de uma investigação do Ministério Público de Roma por suspeita de peculato e revelação e difusão de informações sigilosas.
    O MP vai apurar se Sangiuliano usou dinheiro público para financiar viagens de sua ex-amante Maria Rosaria Boccia, que não tinha cargo oficial, e se ele compartilhou documentos confidenciais com a mulher.
    O ex-ministro refuta as duas acusações, enquanto seu advogado, Silvero Sica, minimizou a abertura do inquérito.
    "Trata-se de um ato obrigatório do Ministério Público após a denúncia apresentada pelo parlamentar [Angelo] Bonelli", disse o defensor à emissora La7.
    A crise eclodiu no fim de agosto, quando Boccia publicou nas redes sociais um agradecimento por ter sido nomeada "conselheira do ministro para grandes eventos", informação logo desmentida pelo governo. Para provar sua proximidade com Sangiuliano e a ligação institucional com o ministério, Boccia passou a divulgar documentos, fotos, capturas de tela, vídeos e gravações telefônicas, inclusive arquivos relativos a uma visita às escavações no sítio arqueológico de Pompeia programada para os ministros da Cultura do G7 em 20 de setembro.
    Pressionado, Sangiuliano foi à TV pública RAI na semana passada e revelou ter tido um caso extraconjugal com Boccia, mas negando ter gastado dinheiro do contribuinte para levar a amante em compromissos oficiais.
    Ainda assim, o ministro decidiu renunciar ao cargo na sexta-feira (6) para não aumentar o constrangimento do governo.
   
   

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