"O próximo comício, marcado para 6 de outubro, será uma grande mobilização pelo direito à segurança dos cidadãos italianos, pela liberdade de pensamento e de expressão, pelo respeito à soberania popular e nacional", afirmou ele, durante a reunião do conselho federal convocada para discutir seu julgamento.
A declaração é dada dois dias após os promotores de Palermo pedirem uma pena de prisão de seis anos para Salvini, acusado de sequestro e omissão de documentos oficiais no caso que o então ministro do Interior deu uma ordem para impedir o desembarque de 147 migrantes resgatados no Mediterrâneo pelo navio da ONG espanhola ProActiva Open Arms, em agosto de 2019.
Na ocasião, a embarcação ficou 20 dias estacionada em frente à ilha de Lampedusa, e a maior parte das pessoas a bordo só pôde descer na Itália após uma intervenção da Justiça Administrativa, que determinou o desembarque por motivos sanitários.
Por sua vez, Salvini disse que estava apenas defendendo as fronteiras italianas ao manter os migrantes a bordo do navio e garantiu que a medida fazia parte de sua política antimigratória linha-dura.
"Toda a Europa, incluindo aquela com governos socialistas, está protegendo as fronteiras e aumentando os controles e as expulsões", acrescentou ele.
Já o vice-secretário da Liga, Andrea Crippa, afirmou que o próximo comício será "animado" e o povo do partido "fará com que Salvini sinta o seu apoio" em uma "reação pacífica, mas democrática".
De acordo com Crippa, a Liga fará ouvir a sua voz porque esse pedido de prisão "trata-se de um ataque a Salvini e à Liga".
"Declaramo-nos inocentes, porque fizemos o que os italianos nos pediram nas urnas. Mesmo defendendo as fronteiras do país. Agora Salvini, e portanto a Liga, correm o risco de 6 anos de prisão e é vergonhoso compreender como, nem todos, mas uma parte do poder judiciário emite sentenças baseadas em simpatias políticas", enfatizou o vice-secretário.
Por fim, convidou os principais aliados internacionais da Liga para expressarem seu apoio a Salvini durante o comício, que no ano passado contou com a presença da francesa Marine Le Pen.
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