Os governos de Brasil e China se uniram a outros países nesta sexta-feira (27) para assinar um comunicado conjunto que faz um alerta contra as ameaças de uso de armas nucleares.
"Apelamos à abstenção do uso e da ameaça [de uso] de armas de destruição em massa, em particular armas nucleares, químicas e biológicas", escrevem Argélia, Bolívia, Brasil, China, Colômbia, Egito, Indonésia, Cazaquistão, Quênia, África do Sul, Turquia e Zâmbia, em comunicado.
A declaração conjunta foi adotada no final de uma reunião com os ministros das Relações Exteriores da China e do Brasil sobre a Ucrânia, à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
Os 12 países signatários expressaram ainda sua "profunda preocupação" com o risco de "escalada" na guerra na Ucrânia, deflagrada pela Rússia desde 24 de fevereiro de 2022.
Desta forma, o grupo destaca a determinação em trabalhar em defesa da paz e pedem que as "estruturas civis, incluindo as instalações nucleares com fins pacíficos e outras energéticas, não sejam alvos militares".
Em maio passado, Brasil e China já haviam apresentado um plano de seis pontos para encerrar o conflito, mas a proposta foi repudiado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O alerta feito hoje pelas nações surge depois que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse ao Ocidente que seu país poderia considerar o uso de armas nucleares em resposta a um ataque com mísseis convencionais.
A ameaça de Putin também foi feita no momento em que os Estados Unidos e o Reino Unido discutem a possibilidade de fornecer armas ocidentais à Ucrânia para ataques contra a Rússia.
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