A segurança nas áreas povoadas pela comunidade judaica na Itália, especialmente os históricos "guetos" de Veneza e em Roma, foi reforçada neste domingo (29) após os recentes acontecimentos dos conflitos no Oriente Médio.
A escalada da violência na região, que culminou na morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, as últimas manifestações antissemitas no país e a proximidade do aniversário do ataque deflagrado pelo Hamas contra Israel foram os principais motivos da decisão das autoridades.
Apesar do clima de insegurança nas áreas, que está alto desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, a situação é mantida sob controle pelas forças de ordem italianas.
Walker Meghnagi, presidente da comunidade judaica de Milão, denunciou hoje (29) que o país está "a um passo de uma caça aos judeus" e de "atos de violência contra instituições judaicas religiosas e não religiosas e seus representantes".
Ele também alertou para uma "espiral de ódio antissemita cego" e "apelos genocidas" que podem ser comparados aos dos nazifascistas das décadas de 1930 e 1940.
No último sábado (28), a capital da região da Lombardia foi palco de uma manifestação pró-Palestina que foi marcada por cartazes com insultos contra o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, e a senadora vitalícia Liliana Segre, sobrevivente do Holocausto.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA