Em uma nova manifestação organizada pelo grupo Ultima Generazione ("Última Geração", em português), ativistas climáticos pintaram as paredes do tribunal de Ancona, na Itália, onde acontece a reunião dos ministros de Saúde do G7.
A iniciativa faz parte da campanha de desobediência civil do movimento, cujo objetivo é destacar a necessidade de combater a crise climática.
Quatro jovens sentaram-se em frente à entrada do prédio, gritando sobre desastres climáticos, como as enchentes que têm atingido a Itália com cada vez mais frequência, e exibindo faixas pedindo a criação de um "Fundo de Reparação" para famílias atingidas por catástrofes ambientais.
Além disso, os ativistas se cobriram com uma substância preta e a usaram para fazer marcas de mãos nas paredes do tribunal. A polícia local foi acionada e interveio, levando os manifestantes embora.
O grupo disse que organizou o protesto para "denunciar a hipocrisia da reunião dos ministros de Saúde dos países do G7 em uma cidade e em uma área onde o mundo político e as instituições têm conspirado por décadas com a indústria de combustíveis fósseis e o turismo de cruzeiros, as causas da poluição do ar e danos à saúde dos cidadãos".
O Última Geração se referiu especificamente à refinaria de petróleo Falconara API, dizendo que ela está "fazendo com que as pessoas fiquem doentes e matando toda a província".
Os ativistas do "Última Geração" foram responsáveis por diversos atos pelo território italiano. Em um deles, os militantes jogaram lama no exterior da Basílica de San Marco, em Veneza, e tingiram de preto a água da histórica fonte de Barcaccia, em Roma.
Além disso, o famoso quadro "O Nascimento de Vênus", do pintor Sandro Botticelli, exposto nas Gallerie degli Uffizi, em Florença, foi coberto com imagens das enchentes que destruíram algumas cidades na Toscana e deixaram oito mortos em novembro passado.
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