O Parlamento da União Europeia aprovou nesta terça-feira (22), por ampla maioria, o mecanismo para emprestar até 35 bilhões de euros (R$ 216 bilhões) à Ucrânia, usando como garantias os lucros derivados de ativos russos congelados pelo bloco.
A chamada "Assistência Macrofinanceira" (AMF) faz parte de um pacote chancelado pelo G7 em junho passado para fornecer até US$ 50 bilhões (R$ 284 bilhões) para ajudar Kiev na guerra contra a Rússia, iniciada em fevereiro de 2022.
O texto foi aprovado pelo Europarlamento com 518 votos a favor e 56 contrários, além de 61 abstenções, e diz respeito a futuros rendimentos provenientes de ativos do Banco Central da Rússia congelados no âmbito das sanções da UE contra Moscou.
Esses recursos ajudarão a Ucrânia a reembolsar os empréstimos do bloco e de outros integrantes do G7, que serão disponibilizados até o fim de 2025. Como contrapartida, Kiev terá de mostrar "compromisso constante para apoiar mecanismos democráticos eficazes e respeitar os direitos humanos", segundo a UE.
"A Rússia deve ser colocada diante de suas responsabilidades e pagar diretamente por sua agressão e seus crimes contra a Ucrânia", disse a eurodeputada da Letônia Sandra Kalniete, que nasceu na Sibéria.
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