O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deve nomear o senador Marco Rubio para o cargo de secretário de Estado de seu próximo governo, informaram três fontes à imprensa norte-americana na última segunda-feira (11).
A hipótese foi cogitada por relatos ouvidos pelo jornal "The New York Times" e pela agência Reuters, tendo em vista que Rubio é um aliado leal, apesar de não ter sido escolhido como companheiro de chapa nas eleições à Casa Branca.
Rubio foi eleito para o Senado em 2010 e é considerado um "falcão" na política externa, adotando linhas duras em relação à China e ao Irã, em particular. Ele, inclusive, está sob sanções chinesas desde agosto de 2020 devido à sua campanha, conduzida em conjunto com os demais republicanos, entre eles o senador Ted Cruz, contra o controle de Pequim sobre as liberdades e autonomia de Hong Kong.
Com base nas punições de Pequim, Rubio está proibido de entrar na China, uma circunstância destinada a colidir com a posição de chefe da diplomacia dos Estados Unidos e a pesar nas relações bilaterais.
A situação lembra, mas com papéis invertidos, aquela vivida pelo ex-ministro da Defesa chinês Li Shangfu, que precisou adiar repetidamente a reunião com o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, em 2023, devido à disputa sobre as sanções norte-americanas decididas em 2018 contra ele.
Na ocasião, o político chinês foi alvo de um acusação relacionada com a importação de armas russas quando serviu como general da Unidade de Foguetes do Exército de Libertação Popular.
Recentemente, um jornal de Xangai criticou a hipótese de Rubio ser o secretário de Estado, observando que "vale a pena lembrar que o senador é conhecido como 'a vanguarda da anti-China'".
Nos últimos anos, a acusação é que Rubio "compreendeu a exigência de 'anti-China' nos Estados Unidos e trouxe à tona várias questões" contra o país.
Já sobre a guerra na Ucrânia, o senador da Flórida declarou recentemente que é necessária "uma conclusão". Apesar de ter sido "rejeitado" como vice-presidente, Rubio manteve-se fiel a Trump e realizou vários eventos e comícios a seu favor durante a campanha eleitoral.
No entanto, em 2016, quando competiam pela indicação presidencial republicana, Rubio chamou Trump de "trapaceiro" e "a pessoa mais vulgar que já aspirou à Presidência".
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