A Corte de Haia emitiu mandados de detenção contra os dois políticos israelenses e o líder da ala militar do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade durante o conflito na Faixa de Gaza.
"A decisão do TPI não tem nada a ver com antissemitismo e não é uma decisão política.
Estou alarmado pela extrema politização
das reações à decisão do tribunal", declarou Borrell durante uma
conferência no Chipre sobre a situação no Oriente Médio.
"Quero levantar minha voz em apoio ao Tribunal Penal
Internacional e lembrar que suas decisões são vinculantes para
os países da UE", acrescentou.
A declaração chega após o premiê
da Hungria, Viktor Orbán, ter dito que Netanyahu seria bem-vindo
caso visitasse o país.
Além disso, Netanyahu acusou a Corte de Haia de
"antissemitismo" por causa dos mandados de prisão. "Não há nada
mais cruel, estúpido e inaceitável que o antissemitismo, a pior
invenção da humanidade. Mas essa palavra não pode ser usada em
vão. Eu tenho o direito de criticar o governo Netanyahu, mas
criticar o modo como ele conduz a guerra não me torna
antissemita", ressaltou o chefe da diplomacia europeia.
Borrell ainda lembrou que os países da UE apoiaram a decisão
do TPI de pedir a prisão do presidente da Rússia, Vladimir
Putin, por supostos crimes de guerra na Ucrânia. "Não podemos
escolher as decisões que gostamos e as que não gostamos. O
Tribunal Penal Internacional trabalha para acabar com a
impunidade", disse.
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