Partidos ambientalistas e de esquerda prometeram batalhar para barrar o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia no Europarlamento, cuja aprovação é uma das exigências para a entrada em vigor do tratado.
"Esse início de uma nova história pode ser bastante breve", ironizou o copresidente do grupo Verdes, Bas Eickhout. "A Comissão Europeia [poder Executivo da UE e negociadora do acordo] se esquece do Parlamento, onde não será fácil alcançar a maioria", acrescentou.
Em um comunicado, o grupo A Esquerda fez coro aos Verdes e disse que o tratado é um "golpe devastador para os pequenos agricultores europeus, os padrões de saúde pública e os compromissos climáticos da UE".
"Condenamos firmemente esse acordo, que põe os lucros de multinacionais acima dos interesses das pessoas e do planeta", acrescenta a nota. Juntos, os dois grupos têm 99 votos no Parlamento Europeu, de um total de 720.
Já o Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita e dono de uma bancada com 188 eurodeputados, afirmou que a conclusão do acordo é um "marco histórico para reforçar os laços entre duas regiões que compartilham valores e ambições". "Precisamos ratificá-lo rapidamente", destacou Jorgen Warborn, porta-voz do PPE para comércio internacional.
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