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Após lei marcial, Coreia do Norte chama Sul de 'ditadura fascista'

Após lei marcial, Coreia do Norte chama Sul de 'ditadura fascista'

Pyongyang fez primeira declaração sobre crise política em Seul

PEQUIM, 11 de dezembro de 2024, 11:46

Redação ANSA

ANSACheck
Esta é primeira vez que regime de Kim Jong-un fala sobre caso © ANSA/AFP

Esta é primeira vez que regime de Kim Jong-un fala sobre caso © ANSA/AFP

A Coreia do Norte fez sua primeira declaração pública nesta quarta-feira (11) sobre a fracassada tentativa de Seul de impor lei marcial, descrevendo a medida como "chocante" e classificando o país vizinho como uma "ditadura fascista".
    O comentário foi feito pela agência de notícias norte-coreana KCNA em um artigo sobre os tumultos de 3 de dezembro ligados à imposição da lei marcial pelo presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, incluindo a pressão da oposição para destituir o líder acusado de insurreição e abuso de poder.
    "O incidente chocante do regime fantoche de Yoon Suk-yeol, que de repente declarou um decreto de lei marcial e empunhou sem hesitação as armas e facas de sua ditadura fascista, causou o caos em toda a Coreia do Sul", afirmou o texto.
    O artigo, que também foi publicado no jornal Rodong Sinmun com mais de 20 fotos de uma ampla cobertura das manifestações em Seul, detalha a declaração da lei marcial de Yoon, sua revogação após seis horas e a rejeição de uma moção de impeachment contra Yoon aprovada pelo Parlamento depois do boicote de parlamentares aliados.
    "Vários helicópteros e forças de lei marcial totalmente armadas, incluindo a organização de criminosos, o Comando Especial de Guerra do Exército, foram mobilizados para isolar a Assembleia Nacional", informou a KCNA.
    A publicação descreveu ainda a manifestação cívica em grande escala que ocorreu após a rejeição da moção de impeachment, citando participantes que chamaram Yoon de "desastre" e pediram seu "impeachment imediato" e "punição".
    "A comunidade internacional está observando atentamente, avaliando que o incidente da lei marcial expôs as vulnerabilidades da sociedade sul-coreana e que a vida política de Yoon Suk-yeol pode terminar em breve", acrescentou a Coreia do Norte.
    Esta é a primeira vez que Pyongyang divulga um posicionamento midiático sobre o assunto, depois de mais de uma semana do caso.
    No dia 3 de dezembro, Yoon decretou uma lei marcial que prevê a restrição dos direitos civis da população, cuja duração foi de apenas seis horas após ter provocado uma crise política generalizada na Coreia do Sul.
    Nos últimos dias, inclusive, o jornal Rodong Sinmun publicou frequentemente artigos criticando o presidente sul-coreano, mas o fluxo de notícias sobre o tema parou um dia depois de a lei marcial ter sido revogada.
   

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