O grupo fundamentalista islâmico Hamas afirmou nesta quarta-feira (25) que "novas condições" impostas por Israel "adiaram a conclusão" de um acordo para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, palco de uma guerra que já deixou cerca de 45 mil mortos em quase um ano e três meses.
Em nota, a milícia palestina afirma que as novas exigências dizem respeito à "retirada" das tropas israelenses, à libertação de prisioneiros e ao retorno dos deslocados para suas casas. "Isso adiou a conclusão de um acordo", acrescenta o Hamas.
As declarações chegam após o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, ter citado "progressos" nas negociações para um cessar-fogo em Gaza e para a libertação de reféns sequestrados em 7 de outubro de 2023, na esteira da trégua com o grupo xiita Hezbollah no Líbano.
O Hamas quer a retirada das tropas israelenses do enclave palestino, enquanto Tel Aviv exige manter forças militares na região. "A organização terrorista Hamas está mentindo de novo, rechaçando acordos já alcançados e continuando a dificultar as negociações", diz um comunicado do gabinete de Netanyahu.
"No entanto Israel continuará incansavelmente em seus esforços para trazer todos os reféns de volta para casa", salienta a nota.
Em sua bênção de Natal, o papa Francisco fez um novo apelo por um cessar-fogo em Gaza, "onde a situação humanitária é gravíssima". "Que se cesse o fogo, se liberte os reféns e se ajude uma população esgotada pela guerra e pela fome", disse o líder católico.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA