Em meio à explosão dos casos de Covid-19 na Itália, pacientes que ainda não se vacinaram lotaram a UTI de um dos principais hospitais de Palermo, quinta cidade mais populosa do país e capital da Sicília.
"Ontem [6] foi, seguramente, um dos piores dias desde o início da pandemia. Lotamos o nosso departamento apenas com pacientes não vacinados", disse nesta sexta-feira (7) o diretor da unidade de terapia intensiva do Hospital Cervello, Baldassare Renda.
O centro de saúde conta com 16 leitos de UTI e foi obrigado a transferir dois pacientes intubados para o Hospital de Partinico, nos arredores da capital siciliana. Esses são os únicos dois hospitais da província de Palermo com unidades de terapia intensiva para Covid.
A Itália vive uma explosão nos casos de coronavírus devido à variante Ômicron e registrou cerca de 220 mil contágios na última quinta-feira (6), recorde desde o início da pandemia.
Em resposta à nova onda, o governo vai tornar obrigatória a vacinação para pessoas a partir de 50 anos, faixa etária que tem cerca de 2,1 milhões de indivíduos ainda sem a primeira dose.
Em âmbito nacional, o índice de ocupação de leitos de UTI por pacientes com Covid cresceu de 12,9% para 15,4% em uma semana, enquanto nas enfermarias a taxa aumentou de 17,1% para 21,6%.
Apesar disso, as hospitalizações e mortes estão subindo em ritmo muito mais lento que os casos, já que 78% da população concluiu o primeiro ciclo de vacinação e um terço tomou a dose de reforço. (ANSA)
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