Uma petição online foi lançada para pedir a retomada do turismo brasileiro no território italiano, em meio ao avanço da campanha de vacinação anti-Covid e a melhora da situação epidemiológica.
A iniciativa foi criada pelo "Movimento #tornabrasile" e solicita uma "paridade e igualdade de regras ao Brasil em conformidade com o avanço da campanha de vacinação e índices de contágio de países em situação equivalente".
O grupo tem como objetivo mobilizar profissionais de turismo, eventos e consultorias em uma manifestação pacífica e organizada, além de incentivar brasileiros que se sentem prejudicados com suas programações de viagens devido a não reabertura das fronteiras italianas para a população do Brasil.
"O documento que mantém o veto à entrada de turistas brasileiros na Itália até 15 de março coloca em evidência uma incongruência inaceitável aos olhos dos brasileiros, população que mantém fortes ligações culturais, comerciais e afetivas com a Itália", diz o texto.
Os organizadores invocam "o apoio das instituições diplomáticas brasileiras na Itália e de todos os profissionais do setor, além do suporte de cidadãos ítalo-brasileiros para que, unindo esforços", este cenário possa ser revertido.
A petição, que pode ser assinada na plataforma Change.org., foi lançada após o governo italiano determinar, no último dia 1º de fevereiro, a prorrogação do veto da entrada de turistas brasileiros na Itália para até o dia 15 de março, por conta da pandemia.
Com a medida, só podem entrar no país cidadãos em casos específicos, como trabalho, saúde, estudo, urgência comprovada ou retorno à residência. Também podem entrar pessoas que tenham uma relação afetiva comprovada e estável (mesmo que não morem juntos) com cidadãos italianos ou pessoas que morem legalmente na Itália e atletas, técnicos, juízes e comissários de competições esportivas em nível profissional.
Segundo a campanha, famílias estão separadas e inúmeros profissionais dedicados ao setor do turismo receptivo de brasileiros continuam impossibilitados de trabalhar. O texto reforça ainda que diversos operadores turísticos continuam "dedicando-se com afinco à divulgação da Itália como meta turística privilegiada na Europa", apesar da prorrogação do fechamento das fronteiras italianas.
O grupo justifica que o Brasil registra o menor índice de rejeição à vacina contra Covid-19 na América Latina, segundo dados do Banco Mundial que compara 24 nações, mas ainda é classificado no "Elenco E".
"Compreendemos a exigência de tutelar a saúde pública, mas não negamos a nossa perplexidade ao constatar que países com índices de imunização menores, se comparados aos brasileiros, estejam entre aqueles autorizados a entrar na Itália por motivos turísticos", enfatiza o texto. (ANSA)
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