O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, anunciou nesta quarta-feira (23) que o governo não pretende prolongar o estado de emergência por causa da Covid-19 para depois de 31 de março.
"Quero anunciar que é intenção do governo não prolongar o estado de emergência para além de 31 de março", disse ele, durante visita ao Teatro del Maggio Musicale, em Florença.
De acordo com o premiê italiano, o "objetivo é reabrir completamente, o mais rápido possível". No entanto, as autoridades sanitárias vão continuar acompanhando atentamente a situação epidemiológica e estarão prontas a intervir em caso de qualquer recrudescimento.
"Acabaremos gradualmente com a obrigatoriedade do uso do certificado verde reforçado, começando pelas atividades ao ar livre, incluindo feiras, esportes, festas e shows", acrescentou.
Draghi explicou que atualmente a "situação epidemiológica está melhorando acentuadamente, graças ao sucesso da campanha de vacinação, e oferece margens para eliminar as restrições residuais à vida dos cidadãos e das empresas".
"O governo está ciente de que a força da recuperação depende, antes de mais, da capacidade de ultrapassar as emergências do momento", ressaltou.
Com o fim do estado de emergência, o sistema de classificação das regiões por cores deixará de vigorar a partir de 31 de março.
Hoje cedo, Draghi visitou o convento de Santa Maria Novella, em Florença, para a abertura do encontro 'Fronteira mediterrânea da paz', que reúne bispos e prefeitos de vários estados de hoje a domingo.
Em seu discurso no evento, ele lembrou que a taxa de desemprego juvenil na região é a mais alta do mundo e em alguns países ultrapassa os 40% para as meninas".
"Cuidar do Mediterrâneo significa antes de mais nada cuidar das novas gerações. Investir na escola, formar e criar condições para investimentos e empregos", acrescentou Draghi.
"Em tempos de crise devemos defender os valores em que acreditamos. A convivência, a fraternidade, a tolerância que celebramos neste encontro deve acontecer também além das fronteiras da região em que vivemos", prosseguiu.
O premiê da Itália citou ainda que "os acontecimentos na Ucrânia nos levam a reafirmar que prevaricações e abusos não devem ser tolerados". Logo depois, seguiu para o teatro, onde visitará as novas obras e participará de um encontro com autoridades locais e econômicas dentro do auditório Zubin Metha. (ANSA)
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