O presidente da Itália, Sergio Mattarella, convocou nesta quinta-feira (24) o Conselho Supremo de Defesa, o qual expressou a mais "veemente condenação pela agressão militar injustificável" lançada pela Rússia contra a Ucrânia e alertou sobre o risco de instabilidade mundial.
Em nota divulgada pelo Palazzo do Quirinale, o governo italiano afirmou que a invasão russa ao território ucraniano "representa uma violação grave e inaceitável do direito internacional e uma ameaça concreta à segurança e estabilidade globais".
Além de Mattarella, a reunião contou com a presença do premiê italiano, Mario Draghi, dos ministros das Relações Exteriores, Luigi Di Maio; do Interior, Luciana Lamorgese; da Defesa, Lorenzo Guerini; da Economia e Finanças, Daniele Franco; do Desenvolvimento Econômico, Giancarlo Giorgetti; e do chefe do Estado-Maior da Defesa, Almirante Giuseppe Cavo Dragone.
"A Itália pede à Federação Russa a cessação imediata das hostilidades e a retirada das forças fora das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia", acrescenta o comunicado.
O governo italiano reiterou seu "total apoio à independência e integridade territorial da Ucrânia, país europeu amigo e democracia afetada em sua soberania", além de expressar a máxima proximidade e solidariedade ao povo ucraniano e às suas instituições legítimas, às vítimas e às muitas pessoas que sofrerão as consequências".
"Ao enfrentar a crise atual, a Itália manterá contato próximo com seus parceiros em todos os principais fóruns internacionais", enfatizou o Conselho de Defesa, ressaltando que, "juntamente com os estados membros da UE e os aliados da Otan, é imperativo responder com unidade, pontualidade e determinação".
De acordo com o texto, "a imposição de medidas severas à Federação Russa faz com que a Itália aja com convicção no âmbito da coordenação dentro da União Europeia".
"Para que a Europa não caia repentinamente em um turbilhão de guerras, é necessário agir com força e clarividência para restaurar a primazia do direito internacional e a salvaguarda dos princípios e valores que garantiram a paz e a estabilidade ao nosso continente", concluiu.
Na madrugada desta quinta (24), o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou uma ação militar no leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas que ele reconheceu como independentes.
Ao discursar, ele fez ameaças e disse que quem tentar interferir sofrerá consequências nunca vistas.
Segundo fontes governamentais, entre amanhã e sábado, o Conselho de Ministros poderá voltar a reunir-se para aprovar um decreto para um novo destacamento de tropas italianas. (ANSA)
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