A emissora pública italiana Rai anunciou neste sábado (5) a suspensão dos serviços de seus correspondentes na Rússia.
A medida é uma reação a uma nova lei que prevê penas de até 15 anos de prisão para quem publicar supostas "notícias falsas" sobre as atividades das Forças Armadas.
Segundo a Rai, a suspensão se tornou necessária para "proteger a segurança dos jornalistas no local". "As informações sobre o que acontece na Federação Russa serão, por enquanto, fornecidas com base em uma pluralidade de fontes de jornalistas da empresa em países vizinhos e nas redações centrais na Itália", diz a emissora.
Outras redes públicas ocidentais, como a britânica BBC, a alemã Deutsche Welle e a canadense CBC, também suspenderam suas atividades na Rússia devido à ofensiva do regime de Vladimir Putin contra a liberdade de imprensa.
A nova regra vai permitir o aumento do controle do Estado sobre as informações divulgadas a respeito da invasão à Ucrânia, que é chamada na Rússia de "operação especial".
No entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou neste sábado que a medida "nasce da necessidade urgente ditada por uma guerra de informação sem precedentes" contra Moscou.
Praticamente todos os veículos de mídia independente na Rússia tiveram de fechar suas portas nas últimas semanas, e o regime também restringiu o acesso a sites internacionais. (ANSA)
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