O governo da Itália anunciou nesta terça-feira (15) um projeto para ajudar no acolhimento de refugiados da Ucrânia na Moldávia.
A iniciativa foi divulgada durante uma visita do ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, a Chisinau, capital dessa ex-república soviética que faz fronteira com a Ucrânia.
"Estou muito feliz por ter assinado uma declaração conjunta sobre nossa colaboração na assistência a refugiados. A Itália quer ajudar a Moldávia de modo estruturado", declarou Di Maio em uma coletiva de imprensa com seu colega moldávio, Nicolae Popescu.
Segundo o ministro, o programa vai destinar 10 milhões de euros para a proteção dos "refugiados mais vulneráveis", como mulheres e crianças, em parceria com a ONU. "O projeto também foca na potencialização do sistema moldávio de refúgio, na formação de operadores locais e na melhoria da capacidade de assistência e registro na fronteira", acrescentou Di Maio.
De acordo com as Nações Unidas, a guerra na Ucrânia já gerou cerca de 3 milhões de refugiados em menos de três semanas, sendo que aproximadamente 340 mil pessoas cruzaram a fronteira com a Moldávia, país de 2,6 milhões de habitantes.
A Itália também doou 20 toneladas em itens de primeira necessidade para estruturas de acolhimento, incluindo geradores, reservatórios de água, cobertores térmicos, estufas, fornos e kits sanitários.
Assim como a Ucrânia, a Moldávia também tem uma região separatista pró-Rússia, a Transnístria, e pleiteia sua adesão à União Europeia.
A Itália, por sua vez, já acolheu 44 mil ucranianos desde o início da guerra, sendo que 91% são mulheres ou menores de idade. (ANSA)
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