O governo da Itália anunciou nesta sexta-feira (25) que usará imóveis confiscados da máfia para abrigar refugiados que fugiram da guerra na Ucrânia.
A iniciativa foi divulgada pelo Ministério do Interior, em meio ao crescente número de ucranianos que estão se deslocando para o território italiano após a invasão promovida pela Rússia.
De acordo com o Palácio do Viminale, há 622 bens disponíveis para hospedar as pessoas, sendo que 234 são instalações de habitação e alojamentos que a Agência Nacional dos Bens confiscados do crime organizado cederá em empréstimo gratuito e temporário à prefeitura do local que se encontram os imóveis.
O governo italiano também cederá os outros 388 imóveis confiscados já transferidos para as prefeituras e ainda não utilizados. Todas as estruturas serão usadas exclusivamente para o acolhimento de refugiados.
"O compromisso do Ministério do Interior é máximo para dar respostas concretas às pessoas mais fragilizadas, como mulheres e crianças, e a utilização dos bens confiscados assume também um forte valor simbólico pois os bens roubados ao circuito criminal serão destinados a quem escapar do teatro de guerra, potencializando os propósitos sociais de sua reutilização", declarou a ministra do Interior da Itália, Luciana Lamorgese.
Até o momento, quase 70 mil ucranianos já chegaram na Itália desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, sobretudo mulheres e crianças.
De acordo com os dados do governo, 69.154 refugiados da Ucrânia entraram no território italiano, sendo que 1.269 foram registrados nas últimas 24 horas. Ao todo, são 35.577 mulheres, 27.311 menores de idade e 6.266 homens. As cidades de destino continuam sendo principalmente Milão, Roma, Nápoles e Bolonha.(ANSA)
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