O Ministério da Saúde da Itália anunciou nesta sexta-feira (8) que irá iniciar a aplicação da quarta dose das vacinas contra a Covid-19 em idosos com qualquer condição de saúde com mais de 80 anos.
Para aqueles que têm entre 60 e 79 anos e doenças crônicas, também será aplicado o segundo reforço. Além disso, a circular do governo inclui as pessoas que moram em casas assistenciais e asilos na lista de beneficiados.
No entanto, a vacinação "não se aplica aos sujeitos que contraíram a infecção do Sars-CoV-2 sucessivamente após a administração da primeira dose de reforço".
Desde 20 de fevereiro, a Itália apenas autorizava a administração da quarta dose em pessoas imunossuprimidas com mais de 12 anos e a aplicação deve ocorrer ao menos quatro meses depois da terceira.
A inclusão dos idosos vem após um relatório conjunto publicado nesta quarta-feira (6) pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e pelo Centro Europeu de Controle de Doenças (ECDC) que informava que há elementos que apoiam a vacinação das pessoas com mais de 80 anos por conta da perda de eficácia das fórmulas para casos graves, já que eles têm um sistema imunológico mais frágil.
As vacinas indicadas são as da Pfizer/BioNTech e da Moderna.
No entanto, não recomendava a segunda dose de reforço para ninguém abaixo dessa faixa etária e que tivesse um "sistema imunológico normal", ou seja, sem doenças que possam ser fatores de risco para a Covid-19. Essa indicação se sustenta no fato de "não haver perda de eficácia" dos imunizantes para "a proteção para a forma grave" da doença. A recomendação para quem têm menos de 80 anos é só nos casos de saúde "frágil".
Além do Ministério da Saúde, assinaram a nota a Agência Italiana de Medicamentos (Aifa), o Instituto Superior da Saúde (ISS) e o Conselho Superior de Saúde (CSS). Uma reunião da Aifa para detalhar como deve ser organizada a vacinação vai ocorrer em 12 de abril.
Até esta sexta-feira, em atualização realizada pela pasta durante a madrugada, a Itália já aplicou mais de 136,1 milhões de doses das cinco vacinas disponíveis no país (Pfizer/BioNTech, Moderna, Janssen, AstraZeneca e Novavax).
Na faixa com mais de 12 anos, há 91,3% das pessoas com ao menos um dose, 89,8% com duas e 83,57% com três doses. Já 8,44% dos que estão no público-alvo tomaram a quarta dose. Entre as crianças de 5 a 11 anos, os índices são piores e estão praticamente estagnados: 37,69% tomaram uma dose e 33,97% receberam as duas necessárias.
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