Durante reunião do Conselho de Segurança, o embaixador Maurizio Massari, representante permanente da Itália na ONU, denunciou nesta quinta-feira (5) como o bombardeio indiscriminado da Rússia atingiu áreas densamente povoadas na Ucrânia.
"Isso é inaceitável e nós apoiamos fortemente a criação de passagens seguras para a evacuação de civis", declarou o diplomata italiano.
Massari expressou preocupação com as mortes dos civis, principalmente jornalistas e mulheres e crianças. "Também estamos preocupados com os muitos jornalistas e trabalhadores da mídia mortos e feridos desde o início do conflito e os casos de violência de gênero contra mulheres e meninas", acrescentou.
O embaixador explicou ainda que, por esta razão, a Itália acolhe todos os instrumentos para apurar as violações dos direitos humanos na Ucrânia e apoia a Comissão de Inquérito criada pelo Conselho de Direitos Humanos e lançada pelo Tribunal Penal Internacional com base na contribuição de mais de 40 países, incluindo a Itália, para investigar possíveis crimes de guerra.
Massari reiterou que o governo italiano "agradece e apoia fortemente a iniciativa diplomática tomada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, com sua recente missão a Moscou e Kiev e a convicção de que é necessário dar passos urgentes para alcançar a paz".
Comentando como a ilegítima agressão russa está causando uma das mais graves crises humanitárias desde a Segunda Guerra Mundial, o embaixador reiterou o apelo da Itália "para que a Rússia garanta um acesso seguro, rápido e desimpedido à assistência humanitária".
EUA -
Hoje, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, falou sobre a visita do primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, a Washington na próxima semana e parabenizou o país europeu por suas medidas contra o governo de Vladimir Putin.
"É importante que muitos países tenham tomado decisões difíceis com a Rússia, a Itália é um deles. Apreciamos a liderança de Roma e os passos que deu contra Putin. Biden e o primeiro-ministro italiano certamente falarão sobre isso em sua reunião", acrescentou Psaki.
De acordo com a porta-voz da Casa Branca, o governo dos EUA está "organizando um telefonema entre Biden e os líderes do G7 para os próximos dias".
"Quanto a 9 de maio, dia em que a Rússia comemora a vitória sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial e que, segundo a inteligência ocidental, pode ser o dia em que Vladimir Putin pretende declarar vitória na Ucrânia, "não temos planos específicos", finalizou. (ANSA)
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