A Itália encerrou o ano de 2021 com 1,9 milhão de famílias e 5,6 milhões de pessoas, 9,4% da população nacional, em situação de pobreza absoluta.
Os números foram divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat) e estão em linha com os dados de 2020, ano que registrara um crescimento de quase dois pontos percentuais no índice de pobreza devido à pandemia de Covid-19.
Com isso, a taxa de pobreza absoluta na Itália continua no pico da série histórica iniciada em 2005. Já os estrangeiros nessa condição totalizam 1,6 milhão, 32,4% do total, uma alta de 3,1 pontos em relação a 2020.
Considerando apenas os menores de idade, 1,4 milhão de pessoas estão em pobreza absoluta, o que representa 14,2% da população dessa faixa etária.
Uma das causas desse cenário é o crescimento da inflação, que fechou 2021 em 1,9%, valor bastante acima da média dos anos anteriores no país.
Para famílias de duas pessoas, a pobreza absoluta caiu de 5,7% para 5,0% do total; para famílias de três pessoas, de 8,5% para 7,1%. No entanto, para famílias com quatro e cinco membros, os índices subiram de 11,3% para 11,6% e de 20,7% para 22,6%, respectivamente.
Para calcular os índices, o Istat define o valor monetário, em preços correntes, do "conjunto de bens e serviços considerados essenciais para uma família", sendo que essa cifra varia de acordo com o tamanho do núcleo, a idade dos seus componentes e o local de residência.
Uma família é considerada em situação de "pobreza absoluta" quando tem uma renda mensal inferior ao custo dessa cesta básica de bens e serviços.
Para um núcleo formado por dois adultos e dois filhos adolescentes e residente em uma área metropolitana do norte da Itália, por exemplo, o índice de pobreza absoluta é de 1.801,28 euros (considerando a renda total da família), o que equivale a R$ 9,6 mil pela cotação atual.
Já para uma família de composição idêntica, mas moradora de uma pequena cidade do sul, o limiar da pobreza absoluta é uma renda de 1.334,32 euros (R$ 7,1 mil). (ANSA)
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