O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, anunciou nesta segunda-feira (11) que o governo vai liberar a quarta dose de vacinas contra a Covid-19 para pessoas maiores de 60 anos.
Atualmente, o segundo reforço é administrado apenas para idosos com mais de 80 anos, indivíduos imunossuprimidos e outras categorias de risco.
"O ECDC [Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças] e a EMA [Agência Europeia de Medicamentos] abriram para a administração da quarta dose para maiores de 60 anos. Ainda hoje, adequaremos nossas diretrizes, circulares e indicações a essa determinação", declarou Speranza durante um congresso em Roma.
De acordo com o ministro, a aplicação da quarta dose para essa faixa etária vai começar "imediatamente". "Teremos problemas se pensarmos que a batalha contra a Covid está ganha. Precisamos manter um nível de atenção e prudência", alertou.
Nesta tarde, a Comissão Técnico-Científica da Agência Italiana de Medicamentos (Aifa) aprovou a aplicação da quarta dose para pessoas maiores de 60 anos.
A decisão foi tomada "levando em consideração tanto a condição atual do aumento da circulação viral com a retomada da curva epidêmica, associada ao aumento da ocupação de leitos em áreas médicas e, em menor escala, em terapia intensiva, e as evidências disponíveis sobre a eficácia da segunda dose de reforço na prevenção de formas graves da Covid-19".
A nota explica que é recomendado "administrar uma segunda dose de reforço, com vacina de mRNA (Moderna ou Pfizer), nas dosagens autorizadas para a dose de reforço, desde que tenha decorrido um intervalo mínimo de pelo menos 120 dias desde a primeira dose de reforço ou última infecção.
A quarta dose é também “recomendada para pessoas com fragilidade elevada motivada por patologias coexistentes”, com idade maiores ou iguais a 12 anos, com vacina de mRNA nas dosagens autorizadas para a dose de reforço e para a idade entre 12 e 17 anos.
Por fim, a Aifa reitera “a prioridade absoluta de colocar em máxima proteção todos os indivíduos que ainda não receberam o ciclo de vacinação primária ou a primeira dose de reforço e para os quais o mesmo já foi recomendado".
A Itália vive um momento de alta nos casos e mortes na pandemia, porém, graças à vacinação, os óbitos e internações estão longe dos picos vistos em 2020. Cerca de 82% da população do país já concluiu o primeiro ciclo de imunização, enquanto 67% tomou a terceira dose, e 2%, a quarta. (ANSA)
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA