Eugenio Scalfari, fundador do jornal "La Repubblica" e um dos grandes nomes do jornalismo italiano, morreu nesta quinta-feira (14) aos 98 anos de idade.
Natural de Civitavecchia, na província de Roma, Scalfari também foi um dos criadores da revista "L'Espresso", que é focada em reportagens investigativas. Ao lado do periódico "La Repubblica", os dois veículos de comunicação atingiram o topo da difusão e deixaram uma grande marca no jornalismo do país.
Após uma longa carreira à frente dos jornais romanos, Scalfari se dedicou sobretudo à escrita, tendo até lançado uma autobiografia em 2014 para celebrar seu 90º aniversário. O jornalista costumava abordar questões filosóficas nos vários livros que escreveu.
Em uma oportunidade, o papa Francisco respondeu um artigo escrito pelo jornalista sobre fé e laicidade com uma carta ao "La Repubblica" publicada em setembro de 2014.
"Scalfari foi um exemplo de jornalismo civil e um profundo intelectual que marcou a história da Itália republicana. Sua morte deixa um vazio intransponível: é uma voz e um pensamento que fará falta a todos nós", lamentou o ministro da Cultura da Itália, Dario Franceschini.
O primeiro-ministro do país, Mario Draghi, destacou que o fundador da "Espresso" e do "Repubblica" foi um "protagonista da história do jornalismo na Itália do pós-guerra". Além disso, o político destacou a "profundidade" das análises de Scalfari e a "coragem de suas ideias".
Outro importante nome da política italiana que se despediu de Scalfari foi o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio. Ele publicou em suas redes sociais que o falecimento do jornalista "marca um momento muito triste para o país". (ANSA)
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