Após o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, anunciar sua renúncia ao cargo nesta quinta-feira (14), a União Europeia se manifestou de forma diplomática e disse que a parceria com o país "continuará".
"A Comissão não comenta nunca os desenvolvimentos políticos nos países-membros. A presidente, Ursula von der Leyen, repetidamente enfatizou a estreita e construtiva cooperação com o presidente [do Conselho de Ministros] Mario Draghi. Von der Leyen espera continuar com a cooperação das autoridades italianas sobre as prioridades e as políticas europeias", afirmou o porta-voz da Comissão, Eric Mamer.
A decisão de Draghi, porém, foi rejeitada pouco depois do anúncio pelo presidente italiano, Sergio Mattarella, que determinou que o premiê consulte o Parlamento para verificar a possibilidade de ter ainda uma maioria que dê base ao governo.
Porém, horas antes da crise explodir, o comissário para a Economia do bloco, o também ex-premiê italiano Paolo Gentiloni, afirmou que o bloco estava seguindo a situação "com espanto e preocupação".
"Nessas águas agitadas com guerra, inflação alta, riscos energéticos, tensões geopolíticas... a estabilidade é um valor em si e penso que nessas horas é preciso coesão e não procurar instabilidades. Se na Itália não existisse um governo de amplíssima maioria, seria preciso inventá-lo neste momento", disse Gentiloni aos jornalistas em Bruxelas.
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