A Guarda de Finanças de Brescia, na Itália, sequestrou nesta quarta-feira (3) cerca de 141 milhões de euros em bens móveis e imóveis do empresário e arquiteto Lanfranco Cirillo, 63 anos, conhecido por trabalhar para o presidente russo, Vladimir Putin, e mais 44 oligarcas de Moscou.
O italiano responde a diversos crimes fiscais e tributários.
Entre os bens, estão residências de luxo, contas correntes, dinheiro em espécie, joias, obras de arte feitas por Picasso, Cezanne e Kandinsky, entre outros, e um helicóptero.
O sequestro dos itens conclui assim as investigações do Núcleo de Polícia Econômico-Financeira de Brescia realizadas nos últimos meses após a individualização de um helicóptero, com matrícula russa, para o qual não haviam sido cumpridas as formalidades alfandegárias e que levaram à descoberta de um suposto caso de residência fictícia no exterior.
O arquiteto é investigado ainda por não ter declarado, entre 2013 e 2019, rendimentos de dezenas de milhões de euros obtidos por manter na Itália os seus "interesses familiares, afetivos e econômico-patrimoniais".
As atividades de investigação se concentraram na constatação de "notáveis manifestações de riqueza completamente desproporcionais em relação à renda declarada formalmente e para as quais não foram fornecidas justificativas idôneas para esclarecer a licitude no plano fiscal".
Entre diversas construções famosas para os russos, Cirillo foi o responsável por desenhar o que é conhecido como "Palácio de Putin", um residência privada considerada a maior de toda a Rússia e que fica na região de Krasnodar, na costa do Mar Negro.
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