O presidente da Itália, Sergio Mattarella, e o primeiro-ministro Mario Draghi enviaram nesta quarta-feira (24) mensagens de apoio a Volodymyr Zelensky por ocasião do dia da independência da Ucrânia, o primeiro celebrado desde o início da invasão russa.
O chefe de Estado italiano disse que a agressão russa à Ucrânia é "brutal" e que a resistência à invasão, que completou seis meses nesta quarta, é legítima.
"A necessidade de uma cessação imediata das hostilidades para iniciar um processo de negociação com vista a uma solução pacífica, justa, equitativa e sustentável para a Ucrânia deve ser afirmada mais uma vez. Desejo renovar, nesta hora dramática, a mais convicta expressão de solidariedade, proximidade e apoio da Itália à Ucrânia, empenhada em enfrentar a agressão brutal e injustificada perpetrada pela Rússia, contra a qual resiste legitimamente", declarou Mattarella.
O presidente ainda destacou que as "intensas relações" entre os dois países podem encontrar um "impulso adicional" em todos os setores de interesse mútuo.
"A Itália apoia firmemente a integridade territorial, a independência e a liberdade de seu país e reafirma o compromisso de ajudar o povo ucraniano também nos campos humanitário e de reconstrução. Espero que as já intensas relações entre Kiev e Roma possam encontrar um impulso adicional em todos os setores de interesse mútuo. Com sentimentos de amizade sincera, renovo as esperanças fervorosas de paz, segurança e bem-estar para sua pessoa e todo o povo ucraniano", afirmou Mattarella a Zelensky.
Por fim, o presidente assegurou apoio às ambições da Ucrânia de ingressar na União Europeia e disse que a Itália "continuará contribuindo" para esse processo ser concretizado em um futuro próximo.
Já Draghi enviou uma mensagem em vídeo para Zelensky e reafirmou a proximidade da Itália ao povo ucraniano.
"A Itália está perto de seu povo, das famílias das vítimas e dos milhões forçados a fugir. Desde o início do conflito, os italianos acolheram milhares de seus concidadãos em suas casas com calor, afeto e generosidade. Nosso governo forneceu e continuará dando apoio político, financeiro, militar e humanitário. Queremos ajudá-lo a se defender e a alcançar uma paz duradoura", disse.
O primeiro-ministro comentou que a amizade entre Itália e Ucrânia é "forte", mas ficou ainda mais firme após a "brutal invasão da Rússia". Draghi também elogiou os ucranianos pela "coragem" e pelo "desejo de viver em um país livre e soberano".
Zelensky e Ucrânia
Em um discurso nesta quarta, Zelensky declarou que seu país "lutará até o fim" contra as forças russas e "não fará concessões ou compromissos com o inimigo".
"Não nos importamos com o exército que você possui, só nos importamos com nossa terra, tanto que lutaremos por ela até o fim. Estamos aguentando há seis meses e é difícil, mas cerramos os punhos e batalhamos pelo nosso destino. Cada novo dia é uma razão para não desistir. Depois de uma jornada tão longa, não temos o direito de não seguir em frente", comentou.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA