As autoridades italianas informaram neste sábado (27) que 30 barcos com um total de 703 migrantes chegaram à ilha de Lampedusa, no sul da Itália, desde a noite passada.
O número alarmante desencadeou uma nova emergência no chamado hotspot, que tem capacidade de acolhimento de apenas 350 pessoas e abriga pouco mais de 930 pessoas depois de 300 terem sido transferidas.
Por causa disso, a prefeitura de Agrigento estaria preparando um novo plano para aliviar a estrutura.
Os barcos desembarcaram principalmente homens, mulheres e crianças, algumas muito pequenas, provenientes de Zuara, na Líbia, ou das cidades costeiras da Tunísia, como Sidimansour, Zarzis, Kerkenna e Makdia.
Algumas embarcações foram interceptadas ou resgatadas enquanto estavam à deriva pela Guarda de Finanças da Itália. Já outras chegaram até Lampedusa desembarcando diretamente no porto ou nas docas de Favaloro e Madonnina.
Outros 342 migrantes desembarcaram na Sicília e estão na ilha esperando para serem transferidos para Trapani. Em Messina, o navio Open Arms Uno atracou com 99 migrantes a bordo, incluindo alguns menores, que haviam sido resgatados nos últimos dias na costa siciliano.
A maioria dos migrantes é do Egito, Bangladesh, Sudão, Nigéria, Marrocos, Paquistão, Síria e Chade, segundo as autoridades italianas.
"Depois de 9 dias de espera eles finalmente poderão tocar o chão. Desejamos a eles um futuro de paz e liberdade", escreveu a ONG no Facebook.
Além deles, mais 92 imigrantes chegaram a bordo de um veleiro na região de Puglia, no sul da Itália, enquanto mais de 200 imigrantes desembarcaram na região da Calábria.
A maioria dos migrantes deixa as costas do Norte de África, principalmente de países em guerra civil, como Líbia ou Tunísia, para chegar à UE através do Mediterrâneo. (ANSA)
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