A Itália está destinada a ter uma mulher como premiê pela primeira vez em sua história, mas isso não significa necessariamente um aumento da presença feminina na política.
Após as eleições parlamentares de 25 de setembro, apenas 31% dos deputados e senadores vitoriosos são mulheres, uma queda de quatro pontos percentuais em relação ao pleito legislativo de 2018 (35%).
Além disso, segundo a professora de sociologia Flaminia Saccà, da Universidade La Sapienza de Roma, é a primeira vez em 20 anos que a bancada feminina no Parlamento diminui.
Essa cifra vinha crescendo ininterruptamente desde as eleições de 2001, quando as mulheres representavam 10,17% do total de parlamentares.
Além disso, as mulheres votaram menos do que os homens. "Elas representam 51,74% das pessoas com direito a voto, mas, em 25 de setembro, 65,74% dos homens foram às urnas, e 62,19% das mulheres", afirmou Davide Del Monte, da plataforma onData.
A grande vitoriosa do pleito foi a deputada de extrema direita Giorgia Meloni, do partido Irmãos da Itália (FdI) e que, nas próximas semanas, deve ser nomeada como primeira mulher premiê na história do país. (ANSA)
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