A polícia de Roma, na Itália, interroga neste sábado (19) um homem de 51 anos suspeito de ser o responsável pelo assassinato de três prostitutas na última quinta-feira (17) no bairro de Prati.
Segundo as primeiras informações, o italiano foi detido em um pequeno hotel da capital italiana, próximo ao terminal de trens Termini, e seria morador da cidade. Ele já foi acusado de outros pequenos delitos e teria problemas com o consumo de droga.
Fontes policiais informaram que o homem se chama Giandavide De Pau e já foi ligado ao crime organizado de Roma e ao clã Senese da Camorra.
"A situação está sob firme controle e acredito que podemos dizer para as pessoas que podem voltar a ficar tranquilas porque outros fatos ligados a esses trágicos eventos não vão acontecer", disse o delegado Mario Della Cioppa.
Diversas pessoas foram ouvidas durante toda a sexta-feira (18) e acredita-se que, entre os depoimentos, houve a confirmação do suspeito. O italiano ainda teria sido flagrado por câmeras de vigilância nos dois locais do crime durante o período em que se acredita que os assassinatos em série ocorreram.
O que se sabe até o momento é que a primeira vítima do criminoso foi a colombiana Martha Castano Torres, 65 anos, em crime ocorrido em um apartamento na via Durazzo. A autópsia revelou que ela foi morta por uma arma de corte do tipo estilete, que perfurou o tórax, provavelmente durante a relação sexual.
Pouco tempo depois, foi a vez de duas mulheres chinesas, uma com cerca de 40 anos e outra com 25, serem mortas em um apartamento da via Riboty, a cerca de 600 metros de distância.
Uma das mulheres chegou acompanhada de um homem e foi agredida durante o ato sexual. Ao ouvir as agressões, a outra agiu para tentar impedir o criminoso e foi morta a facadas. A segunda vítima morreu próximo a escada, ainda nua, provavelmente tentando escapar do crime. A autópsia apontou lesões causadas por faca no pescoço, tórax e costas.
Depoimento de 7 horas
O italiano Giandavide De Pau, principal suspeito de um triplo homicídio em Roma, afirmou em depoimento que "sofreu um apagão" durante a manhã de quinta-feira (17), quando os crimes ocorreram.
"Lembro de estar na casa da via Riboty com as jovens chinesas e de ter tampado a ferida na garganta de uma delas, mas depois sofri um apagão e não lembro mais de nada. Não lembro de estar na via Durazzo, só de andar por dois dias sem comer e nem dormir" disse aos policiais no interrogatório de mais de sete horas.
O suspeito ressaltou ainda que, após essas 48 horas, "fui para a casa da minha mãe e da minha irmã com as roupas ainda sujas de sangue". "Estava confuso, fui dormir por duas horas e os policiais chegaram e me pegaram pelas seis da manhã", acrescentou.
Segundo fontes policiais, teria sido a irmã de Giandavide quem avisou às autoridades sobre o paradeiro do suspeito.
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