Subiu para pelo menos sete o número de mortos no deslizamento de terra que atingiu a cidade de Casamicciola Terme, na ilha italiana de Ischia, no último sábado (26).
Após ter encontrado e resgatado o corpo da primeira vítima poucas horas depois do desastre, a equipe de socorristas localizou sete cadáveres ao longo deste domingo (27), dos quais cinco já foram extraídos da lama, incluindo os de um recém-nascido de menos de um mês e de uma menina de aproximadamente cinco ou seis anos de idade.
Cães farejadores também identificaram o que pode ser a oitava vítima, mas os bombeiros ainda não conseguiram chegar ao suposto corpo. Até agora, a única pessoa morta que teve o nome divulgado oficialmente é a vendedora Eleonora Sirabella, 31 anos, cujo companheiro está entre os cinco desaparecidos.
Durante a manhã deste domingo, o governo italiano declarou estado de emergência em Ischia por um ano e destinou 2 milhões de euros para as primeiras ações na ilha.
"Serão feitos outros repasses assim que tivermos um reconhecimento dos danos e das exigências imediatas", afirmou o ministro da Defesa Civil, Nello Musumeci. Já a premiê Giorgia Meloni deve visitar Ischia nos próximos dias.
Em seu Angelus dominical, o papa Francisco também lamentou a tragédia e expressou solidariedade "à população de Ischia". "Rezo pelas vítimas, por aqueles que sofrem e por todos os que intervieram em socorro", disse.
Um relatório divulgado há pouco mais de uma semana pela ONG Legambiente mostra que o número de eventos climáticos extremos na Itália entre janeiro e outubro aumentou 27% em relação ao mesmo período do ano passado devido ao aquecimento global.
Após uma reunião neste domingo, o governo italiano prometeu aprovar até o fim de 2022 um "plano nacional de adaptação às mudanças climáticas". (ANSA)
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